SERÁ QUE ROTINA MATA A RELAÇÃO?
A rotina é vista como uma vilã nas relações, mas será mesmo verdade?
Rotina e monotonia não são a mesma coisa. Criar rituais em conjunto é muito saudável para a relação, cria sentimento de pertença, boa comunicação e é reconfortante. A previsibilidade é saudável quando bem explorada.
A rotina é por isso essencial para uma boa relação. Rotinas ajudam a criar pontos de encontro.
Relações onde os dois remam para lados diferentes, o barco dificilmente chegará a terra. Jantarem juntos todos os dias, é uma rotina. Verem filmes todos os sábados à tarde, é uma rotina. Na hora de se deitarem, adormecerem abraçados, é uma rotina.
Conformismo é exatamente o oposto! Conformismo é passividade. É um comportamento ou tendência de se conformar, de aceitar, sem se opor a uma situação indesejada. É um modo de agir da pessoa que aceita, sem discutir, normas ou valores preestabelecidos.
Tudo o que não deve existir numa relação.
Uma relação conformista é aquela que já deixou de lutar, de investir nos projetos a dois, de transformar a sua história. Não existe qualquer sentimento de responsabilidade sobre levar a relação para outro patamar.
Quanto estás conformado, aceitas tudo o que acontece à tua volta sem questionares, mesmo que isso vá contra os teus valores e ideais. Simplesmente não queres saber e muito menos de te dares ao trabalho de mostrares o teu ponto de vista.
A partir do momento em que uma relação cai no conformismo, simplesmente deixa de haver comunicação, partilha, empatia ou outro qualquer sentimento ou emoção que possa trazer entusiasmo ao casal.
O conformismo é a primeira armadilha mental que faz com que o casal não reaja a qualquer problema que esteja a passar. Ele é a maior fonte das desculpas!
Então, quando pensares em dizer “a minha relação está a entrar em rotina”, lembra-te que ela se adapta às tuas necessidades e, por isso, inverte o pensamento para “como posso adaptar a minha relação a melhores rotinas?”. Sê aquela pessoa que tem a liberdade de escolher viver boas rotinas e não sejas aquela pessoa que se entrega às amarras do conformismo.
Dr. Eduardo Reis Torgal, Coaching
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