Lúcia Julião, Trocada por outra
Atualizado: 22 de jul. de 2022
Lúcia Julião, nasceu em 1973 e começou a escrever histórias aos 8 anos.
Com apenas 12 anos queria ser veterinária e aos 18 anos sonhava estudar Psicologia. Todos os sonhos que tinha acabaram por ficar para trás.
Demorou muito tempo à deriva sem saber o que realmente a encantava.
O seu verdadeiro interesse pela leitura surgiu em 2012 e com ele reacendeu-se o gosto por contar histórias.
Neste caminho pela sua vida, espera que os seus livros sirvam de inspiração para que nunca deixe nada por dizer.
Quem é a Lúcia Julião?
A Lúcia Julião é uma mulher consciente do valor que tem na sua própria vida e na vida das pessoas que ama.
Define-se uma Mulher romântica?
Hoje não me considero nada romântica, mas ainda sou sensível a tudo o que me dizem e fazem.
Talvez dentro de mim ainda exista uma menina a recuperar da fase do romantismo exacerbado! (Risos)
Qual foi a sua maior loucura por amor?
Descobri o verdadeiro amor numa fase mais madura da minha vida. Talvez por isso, e também por não ser uma pessoa romântica, não houveram grandes loucuras!
Mas ao amar aprendi a viver a vida com mais intensidade.
A escrita é uma boa arma de sedução?
A escrita pode bem ser uma arma de sedução, sim! Mas tem outros gatilhos também... ler é uma das coisas que mais transforma o ser humano!
É verdade que a arte da sedução está dentro de nós e deve ser nutrida, mas penso que uma boa leitura erótica pode ser um gatilho que ajuda a disparar a fera que há dentro de nós.
Que tipo de público a procura?
A maior parte dos meus leitores são pessoas que sofreram grandes perdas! Muitas leitoras escrevem-me e dizem que se identificam com tudo o que está escrito nos meus livros... dizem até que parece que estou a contar a história da vida delas!
A verdade é que toda a dor da perda, ou da traição, é devastadora em cada um de nós... e somos muitos, portanto o meu público pode ser qualquer pessoa.
Alguns dos seus livros foram inspirados em vivências pessoais?
Nenhum dos meus livros é inspirado na minha vida, mas foram escritos em alturas difíceis em que as minhas emoções estavam à flor da pele e isso permitiu que eu sentisse cada palavra que escrevi.
Dar vida aos sentimentos através de palavras e tirar alguns de dentro de mim foi o meu grande desafio.
No final, saí de alma lavada... e uns quilos mais leve!
Já houve alguma leitora que a abordou dizendo que os seus livros a ajudaram a nível sentimental ou sexual?
Não a nível sexual, mas a nível espiritual sim.
Tenho recebido mensagens incríveis que me deixam de coração cheio e com a sensação de missão cumprida.
Acha que ainda existem tabus na escrita erótica?
O tabu existe como uma espécie de termostato social.
Esse estigma está do lado de fora da porta do nosso lar.
A leitura de um livro erótico é um ato íntimo e pessoal onde extravasamos o limite das nossas emoções e não há nada de errado nisso!
Vê-se a escrever um livro erótico, baseado nas suas experiências sexuais?
Não está fora de cogitação. Quem sabe um dia!
Na sua intimidade usa a leitura como inspiração ou recorre a outras formas?
Não procuro inspiração para isso em lado nenhum.
A minha verdadeira inspiração vive comigo, dorme comigo e acorda ao meu lado todos os dias!
A escrita é uma boa arma de sedução?
Acredito que para muitas pessoas sim, porque os livros abrem mentes e ensinam muita coisa.
Para mim a escrita é o meu yoga emocional, uma potente terapia de libertação.
Apesar de usar as redes sociais para divulgar o seu trabalho, considera que nos dias de hoje as redes sociais são uma forma de encontrar o amor ou é um meio mais fácil para a traição?
Quando a vida amorosa das pessoas não está emocionalmente equilibrada, as redes sociais podem ser um escape.
A partir daí, tudo pode acontecer.
Se tivesse que aconselhar um dos seus livros para quem está a passar por uma crise afetiva, qual dos seus livros aconselharia?
Aconselharia o meu livro "A perda" para pessoas enlutadas e o meu livro "Trocada por outra" para pessoas traídas ou abandonadas.
Que conselho daria a quem está à procura do amor?
Para mim, no amor não há procura.
Podemos amar muitas vezes e de formas bem diferentes.
O importante é escolher ficar onde nos sentimos em paz, amados e felizes!
Lúcia Julião
Autora dos romances "A perda" e "Trocada por outra"
info@luciajuliao.com
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