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Disfunções Sexuais


Um fator importante na linguagem da sexualidade é sabermos chamar as coisas pelos nomes (ou não fosse este o título de um livro da Dra. Vânia Beliz). Neste texto faço uma classificação das disfunções sexuais cm base em 4 categorias, de acordo com o ICD-11. Ficam de lado outras condições relacionadas com a saúde sexual (distúrbios de dor, incongruência de género, parafilias, entre outras). Se repararem não está aqui a hipersexualidade (mais conhecida por ninfomania ou satiríase), pois devido às suas características e causa, nos causas, nos casos em que é considerada uma doença, pertence aos distúrbios de controlo de impulso.


Existem 4 categorias:

  1. Desejo hipoativo: redução ou ausência de desejo espontâneo, após estimulação ou de manter desejo após iniciar a atividade sexual;

  2. Disfunção de excitação: dificuldade relacionada com aspetos fisiológicos ou subjetivos da excitação;

  3. Disfunção orgásmica: dificuldade ou incapacidade em atingir o orgasmo apesar de haver excitação;

  4. Disfunção ejaculatória: dificuldade ejaculatória no homem, seja ejaculação precoce ou retardada.

Estas alterações podem ser episódicas ou persistentes e não são só consideradas disfunções se causarem sofrimento pessoal, ou seja, se for algo que o incomoda.


Principais causas:

  • Doenças: doenças neurológicas, cardíacas, oncológicas;

  • Lesões (ex: lesões medulares);

  • Consequência de cirurgia/ outros tratamentos;

  • Medicação ou consume de drogas ilícitas: antidepressivos, anti-histamínicos , anti hipertensores, opióides, anfetaminas;

  • Álcool;

  • Alterações hormonais (menopausa, pós-parto)

  • Causas psicológicas ou comportamentais: baixa auto-estima, atitudes negativas perante a atividade sexual, depressão, ansiedade, má higiene de sono, stress;

  • Falta de conhecimento sobre sexualidade;

  • Fatores de relacionamento: conflito ou falta de conexão romântica;

  • Fatores culturais: influenciam expetativas ou provocam inibições.

O que fazer?


Se desejar que este assunto seja abordado, peça ajuda a um profissional de saúde.


Como?


Poderá expor o problema ao seu médico de família ou outro profissional de saúde qualquer de referencia. Pode também solicitar uma consulta de sexologia (do SNS ou em contexto privado).


Dra. Mafalda Cruz, Medicina Sexual

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