A Menopausa
Continuam a existir muitas crenças em relação à menopausa. Milhares de mulheres em Portugal nunca ouviram falar de terapia hormonal de substituição e por cá a maior parte dos medidos parece evitar prescrever. Existem muitas opiniões, seria importante que não se mostrassem apenas as contraindicações.
Noutros países a medicina anti-age já preparar o corpo para as alterações que surgem com a alteração hormonal. Cá estas consultas são infelizmente dispendiosas, para a maior parte das pessoas, e os suplementos difíceis de adquirir.
Na área genital muitas mulheres referem relaxamento, aumento das infeções urinárias (devido à acidez dos fluidos), sensibilidade no clitóris (devido à perda de gordura), secura vaginal, escurecimento dos lábios da vulva.
Fisicamente os afrontamentos também são frequentes.
Psicologicamente muitas mulheres reportam mais fadiga, mudanças de humor, irritabilidade(…).
As mulheres na menopausa, não estão no fim do prazo. Com frequência vemos notícias de “Antes e Depois” de mulheres conhecidas que envelheceram, desvalorizando a sua beleza.
O envelhecimento feminino é muito desvalorizado. Interessa que consumamos cremes, procedimentos estéticos… um mercado muito lucrativo às custas da nossa insegurança.
No sistema nacional de saúde não existem consultas específicas para a menopausa e a ginecologia deixa de ser uma prioridade. Como se tivéssemos fechado a loja.
Sobre a menopausa pairam muitas crenças e dúvidas. É uma área onde é preciso intervir com urgência.
Envelhecer é a única forma de viver mais tempo e enquanto não chega o elixir da juventude é aproveitar o que podemos para nos sentirmos bem. A alimentação é fundamental assim como a manutenção de um estilo de vida saudável, exercício, muita água e um bom sono.
Na intimidade é importante explorar os lubrificantes, os estimuladores que evitam a atrofia, os cuidados genitais para hidratar e proteger a vulva e a ginástica vaginal que reforça a musculatura da vagina, por exemplo as bolinhas vaginais.
A menopausa não é um período de inferno, mas é um momento que precisa de apoio e acompanhamento para não ficarmos perdidas num qualquer purgatório.
Dra. Vânia Beliz, Psicóloga Clínica
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